segunda-feira, 26 de maio de 2008

A MINHA VIDA EM POUCAS PALAVRAS


Sou Rodrigo Luis Kich, podem me chamar de Digão e nasci no dia 4 de novembro de 1979 em Novo Hamburgo no Estado de Rio Grande do Sul, Brasil.


Nasci prematuro de 8 meses eu era um bebê que chorava muito, minha tia me levou no prediatra e quando ela voltou ela disse para minha mãe que eu tinha amarelão e que era pra dar só chá para amarelão e não contou para minha mãe o que o pediatra realmente contou, passando o tempo ela me levava todo mês na pediatra, não no mesmo pediatra que me consultou a primeira vez. Eu tinha 5 mês quando ela fez a pergunta pra pediatra:


- Por que eu não sentava?


Ela mandou colocar travesseiro e me escorar, todo mês ela fazia a mesma pergunta, aos 8 meses a pediatra disse que eu era um preguiçoso. Então, a minha mãe trocou de pediatra e essa ao me ver disse que eu nunca iria caminhar mas minha mãe pensou em deus e disse:


- Deus é que sabe.


Agora que eu vou começar a minha luta, me levou em vários médicos e o resultado dos exames foi paralisia cerebral e quanto ao amarelão deu muito forte que secou uma parte do cérebro, que atingiu a minha fala e a coordenação-motora, eu poderia ser um deficiente paraplégico, mas com muita fisioterapia e carinho dos meus pais principalmente a minha mãe que sempre esteve no meu lado lutando para que eu pudesse ser um garoto normal. Mas, para minha mãe, eu sou normal. Ela me trata como normal, mas sabe os meus limites.


Quando eu tinha 5 anos minha mãe ouviu minha avó paterna e minha tia falando sobre a primeira consulta que ela me levou ao pediatra e ela disse que eu não poderia ir para a estufa por que já tinha passado dos 4 dias de vida e eu era tão fraquinho que eu não iria ter muitos dias de vida. A minha tia quando voltou para a casa, vinha pelo caminho com medo de que eu morrece nos braços dela. Deram jeito de me batizar, mas tudo sem contar para minha mãe o grave problema. Mas graças a Deus com muita luta eu e minha mãe deixamos o que foi de ruim para trás e continuamos lutando. Com cinco anos, eu entrei na APAE, fiz amigos por lá.


E com 6 anos minha mãe ficou grávida e durante a gravidez ela me ensentivou muito a caminhar por que eu só queria colo e ela dizia que eu iria machucar minha irmã que estava na barriga dela e eu comeceu a me soltar e para a surpresa de todos eu comecei a caminhar sózinho. Hoje eu digo graças a Deus e a minha maninha que eu estou caminhando.


Na APAE fiquei até aos 12 anos, depois eu fui pra uma escola normal. No primeiro dia da primeira série, minha mãe e a professora choraram porque eu era o único defíciente físico da escola. Mas, foi tudo bem, os colegas me aceitaram. Só repeti de ano na oitava série e na segundo ano do segundo grau. Estou formado em segundo grau completo.

Eu tem muitos amigos que conquistei nas escolas que passei, nos grupos de jovens como CLJ e nas ruas. Por onde eu vou, sempre conquisto uma amizade.




GRAÇAS AS ORAÇÕES DA MINHA MÃE EU ESTOU AQUI HOJE!!!!


Esse blog, eu quero dedica para minha mãe. O que seria de mim sem ela.